O Processo de Desenvolvimento da Osteoartrite
A cartilagem que perde sua elasticidade é mais facilmente danificada. Com seu esgarçamento os movimentos provocam fricção na cabeça dos ossos, o que, por sua vez, promove a inflamação, o inchaço, a dor e, futuramente, a perda dos movimentos.
O prolongamento desse quadro faz as juntas perderem a forma original: a cabeça dos ossos engrossa devido ao aparecimento de esporões – osteófitos. Cistos líquidos também podem se formar sobre os ossos, e pedaços de ossos ou de cartilagem flutuarem por esse espaço, provocando focos inflamatórios.
A inflamação da membrana sinovial provoca um aumento na produção de citoquinas – proteínas pró-inflamatórias –, radicais livres e enzimas que danificam ainda mais as cartilagens.
O líquido sinovial, necessário à lubrificação das juntas, é constituído, essencialmente, pelo ácido hialurônico. Nos quadros de osteoartrite, entretanto, sua concentração é diluída e sua qualidade alterada – causa da redução de suas funções protetoras.
Inicialmente, os sintomas da osteoartrite são leves, pouco evidentes, mas têm como principais sinais de alerta:
A dor nas juntas que tenham sido submetidas a uma série de movimentos repetitivos de grandes esforços.
O enrijecimento e dor das juntas que tenham sido submetidas a longos períodos de inatividade – ao dormir, ficar sentado ou em pé etc.
Os estalos e rangidos das juntas ao se fazer determinados movimentos – sentar-se ou levantar-se, subir ou descer uma escada etc.
Nesse primeiro estágio, a inflamação pode ou não estar presente e a dor pode aparecer e desaparecer. A falta de exercício fará com que os músculos que se encontram em torno da área afetada enfraqueçam e, algumas vezes, até mesmo diminuam de tamanho.
A musculatura fraca, não conseguindo dar sustentação adequada às juntas, afeta a postura do corpo e contribui para o aumento da dor e da falta de coordenação dos movimentos e do andar.
Dependendo da área afetada, os sintomas da osteoartrite variam. E se não for tomada atitude alguma que reverta a situação, a tendência é de aumentar a sensibilidade, sensação de calor e vermelhidão local, cuja conseqüência é o agravamento da dor, do inchaço, do enrijecimento e da limitação dos movimentos.
A partir do momento em que a dor desaparece devido à ausência de metabolismo no local, o quadro torna-se praticamente irreversível, podendo deixar como seqüelas:
A imobilização parcial ou permanente das juntas.
A deformidade e a degenerescência que só a intervenção cirúrgica é capaz de parcialmente restaurar
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